"Pintou o sete no Pará"
Data de Publicação: 11 de setembro de 2022 10:16:00 *Pintou o “7” no Pará!* Na metade da *década de 1990,* estávamos em um ótimo momento de nossa atividade profissional. A *Polícia Interativa* fora incluída no *1º Plano Nacional de Direitos Humanos* e *Guaçuí (ES)* entrava no *circuito de inovação na área da ordem pública.* *“O Espírito Santo que não aparece nem no boletim do tempo, agora virou destaque do Fantástico com a Polícia Interativa”,* brincava a escritora Marzia Figueira, em uma de suas crônicas, à época.
*Pintou o “7” no Pará!*
Na metade da *década de 1990,* estávamos em um ótimo momento de nossa atividade profissional. A *Polícia Interativa* fora incluída no *1º Plano Nacional de Direitos Humanos* e *Guaçuí (ES)* entrava no *circuito de inovação na área da ordem pública.*
*“O Espírito Santo que não aparece nem no boletim do tempo, agora virou destaque do Fantástico com a Polícia Interativa”,* brincava a escritora Marzia Figueira, em uma de suas crônicas, à época.
Assim, o *país convergia* para a pequena cidadela capixaba. Até o ministro da Justiça, *Nelson Jobim* visitara a cidade e pronunciara a histórica frase no *seminário nacional* sobre interatividade social: *“vocês capixabas mudaram a mão de direção da Polícia brasileira”.*
*Inacreditáveis dias!*
Desse modo, começamos em *fluxo crescente,* a receber dezenas de pesquisadores, autoridades políticas, militares, policiais e lideranças da sociedade civil, em visita de turismo técnico.
A primeira das comitivas governamentais a conhecer Guaçuí, foi a da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará. Os paraenses *voltaram* para o norte do país, entusiasmados com o que viram, e logo, nos convidaram para treinar policiais militares e civis em Belém.
Nesse *vai e vem* eis que surge uma *grande caravana.* Um ônibus do governo do Pará, cortara do *norte ao sudeste*, o imenso território, trazendo para Guaçuí, *30 líderes comunitários*, a fim de que fossem habilitados no Método Interativo de Segurança Cidadã, o MISC. *Eram todos amazônidas belenenses.*
A vinda dos líderes comunitários ao Espírito Santo, inaugurava uma outra fase na *estratégia de expansão* do modelo interativo.
Desse modo, a convite, voamos para a *”Cidade das Mangueiras”.* Ao desembarcarmos em Belém, em uma chuvosa madrugada, fomos recebidos com uma desagradável notícia.
*Nem tudo eram flores!*
Uma educada assessora do governo paraense recebera a difícil missão de nos informar que o Comando em desacordo à sugestão da Secretaria de Segurança Pública, não disponibilizaria o espaço, nem tampouco, o público para nos ouvir. *Haviam resistências!*
Diante desse quadro, fugiu-nos o sono no restante daquela madrugada. Da janela do hotel víamos um nublado céu cobrindo a Baía do Guajará.
Amanhecido o dia, *o jogo virou!* No café da manhã, o Secretário de Segurança contara tudo ao governador. A contraordem veio do Palácio e a Polícia nos receberia, a contragosto, no Umarizal.
*“O capitão vai falar para os nossos comandantes”,* anunciou, o *habilidoso* Secretário. Estava assim, vencida a primeira etapa, porém, restavam outras.
Do outro lado, na *Academia da Polícia Civil,* em Ananindeua, na Região metropolitana de Belém, também *teríamos enfrentamentos,* agora com uma turma composta pelos *”seniores”* das Corporações.
Na sala de aula, um dos Delegados, como se fosse um tipo de “boas vindas”, mantinha a sua *pistola ostensivamente na cintura*. Lembro-me então de ter pedido e recebido da Diretora da Escola, um *colete à prova de balas* com o qual, *”didática e ironicamente”,* ministrei a segunda aula.
*O choque foi na medida.* Passados os dias, os “alunos” davam sinais de simpatia ao novo ideário que lhes era ensinado.
Assim, com o tempo voltaríamos inúmeras vezes a Belém, nem sempre para ensinar, mas *para aprender sobre a integração do ensino policial, das zonas de policiamento e das comunicações conjuntas.*
No Brasil, pouco se fala sobre esse *marco paraense,* mas a *reforma da Polícia,* levada a efeito pelo *virtuoso* Paulo Celso Pinheiro *Sette Câmara,* está entre os *grandes feitos da evolução do sistema policial.*
Poderíamos concluir em homenagem ao *sorriso sincero* de um gestor à frente de seu tempo, dizendo em forma de trocadilho que no Pará, o *Sette pintou o “7”,* entrando para história, justa e benignamente.
Vitória (ES), 11 de setembro de 2022.
*Júlio Cezar Costa é coronel da PMES e Associado Sênior do Fórum Brasileiro de Segurança Pública*

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