Aperte o botão!

*Aperte o botão!* *Pessoas criativas inovam sempre,* fazendo brotar de seus ideais, inteligentes e empáticas ideias. Assim, nesta terra quinhentista, conquistada com violência e robustos bacamartes, não faltam ruas e comendas com homenagens a antigos degredados e senhores, que se tornaram ilustres entre nós, com direito a estátua e tudo mais, mesmo tendo sido dizimadores de nativos. *Do latim “violentia” surge no português a palavra “violência”.* Essa dominadora expressão, em tempos atuais a

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*Aperte o botão!*
 
*Pessoas criativas inovam sempre,* fazendo brotar de seus ideais, inteligentes e empáticas ideias.

Assim, nesta terra quinhentista, conquistada com violência e robustos bacamartes, não faltam ruas e comendas com homenagens a antigos degredados e senhores, que se tornaram ilustres entre nós, com direito a estátua e tudo mais, mesmo tendo sido dizimadores de nativos.

*Do latim “violentia” surge no português a palavra “violência”.* Essa dominadora expressão, em tempos atuais ainda assusta e faz temer a tantos, principalmente as mulheres.

*Vítimas em seus próprios lares,* muitas foram as que, neste imenso país, perderam as suas vidas *enquanto aguardavam medidas protetivas* que lhes dessem segurança.

*O Estado brasileiro é péssimo protetor!* Não consegue dar vazão à sua “afonsina” burocracia e, assim, desvaloriza a vida.

*A nossa lentidão em prestar serviços eficientes à cidadania não possui exceções.* Nós, os contribuintes, estamos fadados à espera, mesmo que seja para sairmos da iminência da morte.

*As estatísticas criminais não deixam dúvidas.* Periódica e tristemente, em plena democracia, deixamos que a vida alheia seja ceifada às claras.

Mas nem tudo está perdido. *Existe um “SOS”* que está dando um sentido diferente e rápido àquilo que nas Ciências Policiais chamamos de proteção remota.

Sim, *tornou-se manchete nas emissoras afiliadas da Band, Globo, Record, SBT, CNN e em quase uma dúzia de outros veículos de comunicação, no Brasil e no Exterior.*

A notícia viralizou nas redes sociais!

Um *”trio do bem”,* visionariamente, uniu-se em defesa da vida: uma *juíza de Direito,* que deu a primeira decisão contra o crime organizado no ES, *um desembargador que criou a “Justiça Volante”* e *um prefeito,* que de tanto andar a pé pelas ruas da Cidade, teve seus sapatos furados. *Os três fizeram acontecer!*

A ideia, embora disruptiva, era tecnologicamente simples e economicamente viável. *A realidade das ruas não podia mais esperar.*
Mãos à obra! O “trio do bem” deu celeridade, em parceria com a iniciativa privada, ao desenvolvimento do notável e *pioneiro invento da Justiça capixaba - “o botão do pânico”.*

O ”botão salvador”, implantado na ”Capital dos Capixabas”, logo caiu na graça da sociedade e *ganhou adeptos em vários lugares, em especial, o “penta” prefeito Elias Gomes da Silva, em Jaboatão dos Guararapes (PE),* a segunda maior cidade pernambucana, onde cerca de 1.200 mulheres esperavam desconsoladas a expedição de medidas protetivas.

*Assim, a juíza Hermínia Maria Silveira Azoury, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa e o então prefeito de Vitória (ES), Luciano Santos Rezende* inscreveram na história seus nomes e feitos, em *prol da defesa da mulher brasileira,* com um invento que pode ser entendido com um simples trinômio ortográfico: *“aperte o botão!”.*

Vitória - ES, 02 de outubro de 2022.
 
 
*Júlio Cezar Costa é coronel da PMES e Associado Sênior do Fórum Brasileiro de Segurança Pública*

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